Provavelmente você já ouviu expressões como “tudo tem limite” ou “tudo o que é demais faz mal”. Se tratando de cirurgias plásticas, esse limite pode ser bem relativo. Mas uma dúvida comum e que desperta o interesse de muita gente é: existe um limite para fazer cirurgias plásticas?
Todo procedimento tem benefícios e riscos normalmente. Mas quando e como reconhecer a hora certa de fazer uma cirurgia, avaliar com cautela a necessidade de mais de um procedimento e manter a saúde e a satisfação com os resultados? Para essas e outras perguntas, não deixe de ler os tópicos!
1. A perfeição não existe e o excesso de cirurgias pode prejudicar o organismo
A cirurgia plástica é muito procurada no Brasil e só em 2016, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica registrou 1.472.435 procedimentos. O número inclui cirurgias com finalidade estética e reparadora. Em geral, as cirurgias causam muitos efeitos positivos, como o rejuvenescimento da pele, o combate à flacidez, a eliminação da gordura entre outras mudanças. Mas ATENÇÃO: não é fazendo mais de uma cirurgia que você chegará a perfeição. Especialistas responsáveis alertam que nem todo paciente pode ser um bom candidato a cirurgia plástica e não existe garantia de uma mudança em 100%. A própria Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica deixa claro que uma cirurgia não é capaz de acabar com 15 anos de envelhecimento, mas sim reduzir os sinais e apesar deste tipo de procedimento ser capaz de modelar, reduzir ou contornar uma parte do corpo, não há como modificar uma pessoa por completo.
Casos como o do brasileiro Celso Santebañes que ficou conhecido na mídia por ser o “Ken Humano” chocam ao mostrar a realidade de como o excesso de cirurgias pode prejudicar a saúde das pessoas e até deformá-las. Além disso, o organismo precisa de um tempo de recuperação e diversas cirurgias feitas sucessivamente podem afetar essa fase e trazer complicações. Estar com a saúde física e mental em dia, entender e alinhar as expectativas como que pode ser feito é fundamental para respeitar esse ponto, o próprio corpo e ter resultados satisfatórios e alcançáveis.
2. É possível fazer cirurgias plásticas combinadas, mas avaliar a área cirúrgica é fundamental para decisão certa
É comum que o paciente chegue na avaliação médica com o desejo de fazer mais de uma cirurgia para aproveitar o período de recuperação. É possível fazer isso sim, mas não em todos os casos e as variáveis são bem complexas. Mas ... “Doutor, existem chances seguras de fazer ‘lipo’, aumentar e levantar os seios ao mesmo tempo”? Depende. Além de avaliar o histórico de saúde do (a) paciente, o tempo de cada cirurgia e das áreas a serem operadas, o cirurgião também precisa considerar o sangramento estimado para cada procedimento, o período pós-operatório e as necessidades do momento. Pense na situação do paciente fazer uma lipoaspiração e uma prótese de glúteos. Como seria a sensação de operar uma dessas partes se o paciente estará deitado sobre uma área que ainda está em recuperação?
Programar a cirurgia com calma, ter tempo para se recuperar e refletir sobre as prioridades talvez seja a melhor escolha do que deixar ou esquecer de algum cuidado pós-operatório importante. Querendo ou não, complicações podem comprometer o resultado e a saúde do paciente. Então converse com seu médico!
3. Esteja segura (o) da escolha e não faça nenhuma cirurgia se não for da sua vontade
Todos gostam de destacar a beleza e se sentir bem de alguma forma. Mas antes de qualquer coisa, é importante saber que as cirurgias plásticas que vão proporcionar o resultado ideal são aquelas que você tem certeza que quer fazer. Como os resultados da cirurgia plástica dependem de muitos fatores (entre estes a genética, as habilidades do cirurgião, a anatomia do paciente, etc). Buscar uma cirurgia plástica por pressão de outras pessoas ou para agradar alguém não é algo que te fará bem. Fazer uma cirurgia por causa de anúncios que prometem resultados fantásticos ou milagrosos não é recomendado em nenhuma situação. Então antes de pensar se você é um bom candidato (a) a cirurgia plástica única ou combinar vários procedimentos, conheça seus próprios limites.
Por fim, não se esqueça: cada organismo reage de um jeito e cada situação e procedimento depende muito do caso.